quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pelas beiradas...

Tudo soa meio estranho no momento.

Quanto mais se tenta pior fica.

Ficar. Onde? Por quê? Quando foi

que me botei aqui de maneira tão inescrupulosa.

Engraçado como o tempo

passa e as lembranças não conseguem

dar conta de todos os detalhes.

Hoje me lembrei daquele dia

As imagens não se fazem mais

Nítidas na memória, mas o cheiro,

Esse cheiro consigo sentir

Sempre que fecho os olhos.

Destroços de um coração,

Migalhas de sentimentos pelo chão,

Paixão tardia, vadia, ladra pelo seu

Objeto de desejo.

Amanheceu e o sol não veio, o coração tomba pelas beiradas.

3 comentários:

  1. Não se afobe não, querida...
    Lembra que a mãe, que aprendeu com a vó, que aprendeu com quem nem vivo mais está pra contar com quem aprendeu, sempre disse que comida quente a gente começa a comer pelas beiradas?
    Coração é assim, filha: é comida, é quente. Então vai com cuidado, pelas beiradas. Porque se queimar a boca, ou a língua, você vai sentir só o calor da comida. Mas a graça mesmo é sentir o sabor.

    Beijos Beatriz!

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  2. "o coração tomba pelas beiradas", estou com você...bjus

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