terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Quando?

Quando a cidade dormiu?
O mundo sempre esteve de portas abertas
Nunca entendi porque você mantinha as janelas fechadas.

Você nunca teve nada de valor
Quem se interessaria em levar sua miséria!?
Ou era tão miserável que se agarrava a ela
igual fosse a um tesouro.

Um homem atado
em convicções e convenções
Não abre a mão, nem dá adeus
A vida passa ao lado e sempre dá pra vê.

Vai, conta teus tostões
esconde teu colchão
Antes que eles vejam.
Quem merece descanso?
Estão todos cansados
Os olhos já nem veêm as cores todas.

Visíveis eram os laços que ele cortou
e calçou os sapatos e rompeu a porta
Não era nada e ele sabia.
O cara com sede nos olhos
já estava longe pra voltar atrás
tinha o bolso vazio
e a alma igual.
Quis fugir denovo, mas já era a fuga
e onde estivesse
O cara com sede nos olhos
jamais estaria saciado.

Ed.

Um comentário:

  1. "Os olhos já nem veêm as cores todas."

    já tive meus dias de ver tudo gris... hoje vivo em pleno arco-íris!!

    ResponderExcluir