quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ausência de fome

Sempre fui faminta por tudo, porém tenho que admitir que tenho me sentido sem fome.Não sei bem o que é ,mas pareço parada ,imóvel,impermeável, indisposta na minha profissão de sentir. Tenho deixado de sentir vontades. É nessa ausência tenho refletido muito como era sentir-las intensamente e como está sendo não tê-las em intensa expressão. Quero voltar a mim mesmo me entupir de besteiras, de futilidades. Quero engordar minhas incertezas e chorar, e sofrer, e rir muito quando elas passarem por mim. Quero continuar sendo inocente para minha idade, e me abismar com coisas que todos já se acostumaram, quero ser estranha como sempre fui... me deixa ser eu.


“Finjo não saber que o tempo passa logo
Finjo pra tentar conter a minha dor
Finjo não notar, mas toda noite choro
Choro de saudade do que já se foi...
Mas também quero tropeçar nas mesmas pedras do caminho
Refazer a mesma rota que o meu coração traçou...”

Flávio Venturini

4 comentários:

  1. E que pseudo ausência é essa, que agora reclama??

    Que colo? To aqui!

    Te amo!

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  2. "Quero engordar minhas incertezas e chorar, e sofrer, e rir muito quando elas passarem por mim. Quero continuar sendo inocente para minha idade, e me abismar com coisas que todos já se acostumaram, quero ser estranha como sempre fui... me deixa ser eu."

    ...Os "estranhos" costumam soar como os "mais belos" diante dos olhos dos que imaginam a vida como a própria vida sugere ser melhor imaginada!!

    bjoooooos, Vanessa!!

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  3. Preta, minha Preta, crescer dói, sabia?
    Eu sei. E também sei que você sabe. Então, sejamos nós. E ponto.
    Bjocas, linda!

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  4. Dois anos depois...
    Não combina com você acostumar-se a "só decorar o seu papel". ...nasceu pra "não andar com os pés no chão". Continue arranjando tempo para entupir-se. Tua linda estranheza não pode morrer por inanição!

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