quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Se não entendo tudo, devo ficar contente com o que entendo.
E entendo que vejo estas árvores e que tenho direito a minha
língua e que posso olhar nos olhos dos estranhos e dizer:
não me desculpe por não gostar do que você gosta;
não me olhe de cima para baixo; não me envergonhe de minha fala;
não diga que minha fala é melhor do que a sua;
não diga que eu sou bonito, porque sua mulher nunca ia ter casado comigo;
não seja bom comigo, não me faça favor;
seja homem, filho da puta, e reconheça que não deve comer o que eu não como, em vez de me falar concordâncias e me passar a mão pela cabeça; assim poderei matar você melhor, como você me mata há tantos anos."

(Vila Real)

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